14 de jul. de 2010

O impacto territorial e social dos condomínios do tipo vertical (breve resumo)

Há mais de 25 anos esta vem sendo a principal produção espacial das grandes metrópoles no mundo, um evento internacional, mundial.
A dinâmica da expansão dos condomínios provoca uma série de ações (sobre) no espaço, territorial e socialmente. Há uma reestruturação na lógica da mobilidade, da racionalidade, da economia, da politica, entre outras... que transforma a produção do espaço.
Territorialmente, esses objetos produzidos especialmente para abrigar os contingentes urbanos, foram a principal causa da nova configuração da organização da cidade, atingiu o orgânico e organizacional, gerando algumas rugosidades dentro do próprio organismo - que é a cidade.
Socialmente, essa mesma produção transforma toda uma serie de relações com o espaço, a partir de ações que derivam da propria produção espacial. A interação com o espaço afeta a sua real essência. O meio não é mais social, uma vez que as ações criam rupturas com o espaço pela segregação e pela racionalidade das relações entre aqueles que compõem a sociedade, e isso nas varias escalas do espaço.
Há uma intencionalidade que pode ser mais ou menos justa de acordo com as produções, tanto os condomínios de luxo da Região Metropolitana de São Paulo, como aqueles produzidos para suprir a demanda, são exemplos de como dessa produção derivam técnicas e ações voltadas à atender a propria produção do espaço.
A divisão do trabalho cria uma lógica de produção de mercado, onde há uma cadeia produtiva que se constitui por vários atores, dentro os quais podem ser destacados construtoras, incorporadoras, financeiras, investidores e o Governo, e este ultimo pela propria estruturação que ele possibilita os demais setores envolvidos pelas ações voltadas especificamento ao setor imobiliario.
Essa forma-conteudo, que se configura nos diversos espaços da cidade, possibilita a realização de um estudo focado na propria produção do espaço, já que a cidade reúne a um só tempo os sistemas de objetos e os sistemas de ações, ela é o maior equipamento social, uma vez que foi produzida para suprir todas as necessidades da sociedade (o viver, o produzir, o habitar, consumir, o aprender).
Como o espaço urbano possui uma evolução historia, ele já foi produção política- intelectual, mercantil, industrial e hoje assume um modelo comercial, graças a toda evolução das técnicas, assim como das normas. A atual configuração da cidade caracteriza o ambiente urbano em todas suas esferas (política, econômica, social).
Essa produção comercial do espaço pode ser melhor discutida se a analise do fenômeno for avaliada pela questão habitacional urbana, uma vez que esta é uma das principais produções sociais - do espaço como dimensão.
Nesse processo de produção os agentes hegemônicos ganham força enquanto que órgãos públicos buscam algumas soluções como a concessão de créditos, terrenos e, até mesmo, residências. o que muitas vezes não representa ações efetivas que busquem resolver o problema como um todo, apenas a ponta no "iceberg".
O lugar do morar é apenas um dos produtos do urbanos, a segurança, o trabalho, a sanitariedade, entre tantas outras necessidades, também formam o conjunto de relações que contituem a cidade e caracterizam sua funcionalidade em maior ou menor escala.

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